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Sundala
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Sundala
Aqui está um pequeno conto que escrevi. A ideia está muito batida eu sei mas de qualquer maneira:
Em tempos existiu um pequeno reino escondido nas montanhas. Ninguém sabia da sua existência e era assim que devia ser.
O reino de Fallain era rodeado por montanhas verdejantes e cheias de vida. Arvores enormes cheias de folhas e pequenos animais e aves enormes cruzavam todos os dias aquele céu sempre límpido.
Entre tanta beleza erguia-se então Fallain. Construído em sólida pedra branca elevava o espírito de quem o visse. A luz do sol era reflectida num espantoso jogo de cores dando a ideia de uma pedra preciosa gigante e os seus altos torreões erguiam-se rasgando o céu.
Os habitantes eram pacíficos, serenos e bondosos. De entre todos eles uma rapariga destacava-se: Sundala.
Os seus cabelos cor de ouro, a sua pele branca e macia e os seus olhos verdes e humildes deixavam qualquer mortal perplexo e sem palavras. Quando passava, o seu nome era cantado pelas ruas. Com passos graciosos e um sorriso deslumbrante Sundala era amada e feliz.
Todos os dias, Sundala caminhava pelos bosques do reino. A magia percorria aquela floresta de uma maneira que ninguém conseguia explicar. Inúmeras fragrâncias pairavam no ar e a enormidade de tal paisagem inspirava almas mais artísticas. Todos os dias se ouvia musica que tentava em vão expressar por sons a harmonia de tal lugar ou algum pintor que tentava recriar o poder do que vê, falhando em consegui-lo.
A vida de Sundala era então pacífica e feliz, até ao dia em que um viajante chega ao reino.
Á chegada desse estrangeiro acorreram todos os que ouviram a noticia. Foi acolhido com largos sorrisos pois o povo de Fallain era assim.
Lievan era o seu nome e a sua expressão parecia presa num enorme sorriso de perplexidade.
Sundala encontrou o olhar de Lievan. Foi como nas histórias que lhe contavam em pequena. O som deixou de existir. Ouvia apenas o bater do seu coração, rápido como um cavalo galopante que a deixava sem respiração. Tudo se movia em câmara lenta aos olhos de ambos. Encontravam-se numa outra realidade.
Os dias passaram e o amor destes dois cresceu e tornou-se em algo muito badalado por todo o reino.
O amor correspondido era algo maravilhoso e Sundala cantou-o todos os dias com um enorme sorriso nos lábios.
Tudo corria bem então no reino de Fallain pois de outra maneira nunca tinha sido até então.
A Primavera, amena, encontrava-se em todo lado. Flores desabrochavam os animais estavam irrequietos como era natural e sentia-se por todo o lado um odor sumarento que a todos agradava e a todos arrancava um sorriso.
Lievan sussurava palavras de amor a Sundala e esta sorria de deleite e paixão.
Certo dia, ia a Primavera esplendorosa a meio Sundala acordou. Levian não estava lá.
Estranhando a sua ausência decidiu procurá-lo. Ninguém o vira, ninguém sabia dele.
Continuou a sua busca desesperada pelo seu amado, o dono do seu coração.
Nos portões de Fallain, uma velha dirigiu-se a Sundala. Era ainda madrugada e ela vira Levian arrumar os seus pertences no seu cavalo e, sem uma única palavra ou sem sequer olhar para trás, partir.
Fugira.
O céu escureceu.
O ar ficou pesado.
Levantou-se um vento agreste ali nunca antes visto.
Sundala estava petrificada de terror à medida que se apercebia do que sucedera. O poder emanava dela qual monstro enraivecido que é libertado da sua jaula.
Trovões ribombavam nos céus e a loucura assomava ao espírito da pobre jovem.
Com uma calma inquetante e um olhar vazio, Sundala caminhou para a sua amada floresta, para o meio das montanhas.
Os animais esconderam-se, as árvores encolheram-se, tolhidas de medo.
Uma névoa densa levantou-se e a outrora feliz, calma e bela floresta tornou-se num local de medo, loucura e morte.
No centro da floresta, Sundala lançou para o ar um último grito e nunca mais foi vista.
Sundala
Em tempos existiu um pequeno reino escondido nas montanhas. Ninguém sabia da sua existência e era assim que devia ser.
O reino de Fallain era rodeado por montanhas verdejantes e cheias de vida. Arvores enormes cheias de folhas e pequenos animais e aves enormes cruzavam todos os dias aquele céu sempre límpido.
Entre tanta beleza erguia-se então Fallain. Construído em sólida pedra branca elevava o espírito de quem o visse. A luz do sol era reflectida num espantoso jogo de cores dando a ideia de uma pedra preciosa gigante e os seus altos torreões erguiam-se rasgando o céu.
Os habitantes eram pacíficos, serenos e bondosos. De entre todos eles uma rapariga destacava-se: Sundala.
Os seus cabelos cor de ouro, a sua pele branca e macia e os seus olhos verdes e humildes deixavam qualquer mortal perplexo e sem palavras. Quando passava, o seu nome era cantado pelas ruas. Com passos graciosos e um sorriso deslumbrante Sundala era amada e feliz.
Todos os dias, Sundala caminhava pelos bosques do reino. A magia percorria aquela floresta de uma maneira que ninguém conseguia explicar. Inúmeras fragrâncias pairavam no ar e a enormidade de tal paisagem inspirava almas mais artísticas. Todos os dias se ouvia musica que tentava em vão expressar por sons a harmonia de tal lugar ou algum pintor que tentava recriar o poder do que vê, falhando em consegui-lo.
A vida de Sundala era então pacífica e feliz, até ao dia em que um viajante chega ao reino.
Á chegada desse estrangeiro acorreram todos os que ouviram a noticia. Foi acolhido com largos sorrisos pois o povo de Fallain era assim.
Lievan era o seu nome e a sua expressão parecia presa num enorme sorriso de perplexidade.
Sundala encontrou o olhar de Lievan. Foi como nas histórias que lhe contavam em pequena. O som deixou de existir. Ouvia apenas o bater do seu coração, rápido como um cavalo galopante que a deixava sem respiração. Tudo se movia em câmara lenta aos olhos de ambos. Encontravam-se numa outra realidade.
Os dias passaram e o amor destes dois cresceu e tornou-se em algo muito badalado por todo o reino.
O amor correspondido era algo maravilhoso e Sundala cantou-o todos os dias com um enorme sorriso nos lábios.
Tudo corria bem então no reino de Fallain pois de outra maneira nunca tinha sido até então.
A Primavera, amena, encontrava-se em todo lado. Flores desabrochavam os animais estavam irrequietos como era natural e sentia-se por todo o lado um odor sumarento que a todos agradava e a todos arrancava um sorriso.
Lievan sussurava palavras de amor a Sundala e esta sorria de deleite e paixão.
Certo dia, ia a Primavera esplendorosa a meio Sundala acordou. Levian não estava lá.
Estranhando a sua ausência decidiu procurá-lo. Ninguém o vira, ninguém sabia dele.
Continuou a sua busca desesperada pelo seu amado, o dono do seu coração.
Nos portões de Fallain, uma velha dirigiu-se a Sundala. Era ainda madrugada e ela vira Levian arrumar os seus pertences no seu cavalo e, sem uma única palavra ou sem sequer olhar para trás, partir.
Fugira.
O céu escureceu.
O ar ficou pesado.
Levantou-se um vento agreste ali nunca antes visto.
Sundala estava petrificada de terror à medida que se apercebia do que sucedera. O poder emanava dela qual monstro enraivecido que é libertado da sua jaula.
Trovões ribombavam nos céus e a loucura assomava ao espírito da pobre jovem.
Com uma calma inquetante e um olhar vazio, Sundala caminhou para a sua amada floresta, para o meio das montanhas.
Os animais esconderam-se, as árvores encolheram-se, tolhidas de medo.
Uma névoa densa levantou-se e a outrora feliz, calma e bela floresta tornou-se num local de medo, loucura e morte.
No centro da floresta, Sundala lançou para o ar um último grito e nunca mais foi vista.
Re: Sundala
O amigo Pereira escreve muito bem.
Gosto particularmente da densidade que coloca nos textos.
Gosto particularmente da densidade que coloca nos textos.
Re: Sundala
Tiraram.me as palavras da boca (RodrigoMcSilva)..
Continua a postar..
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Isabel Moreira- Mensagens : 32
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Re: Sundala
Está bastante fixe. Gostei imenso do conto. Parece uma versão medieval de um dos meus textos pesados xD
Gostei
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