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Goor II - Crítica publicada no "IDEIAS FIXAS" como carta aberta ao autor
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Goor II - Crítica publicada no "IDEIAS FIXAS" como carta aberta ao autor
Critica a Goor 2 de Roberto Mendes
Crítica ao mundo de Goor:
É difícil fazer uma crítica a uma obra tão sublime, mas vou tentar não deixa no esquecimento nenhuma das partes que mais me impressionaram e as poucas, muito poucas, partes de que não gostei muito.
Desde logo considero goor 2 uma obra impregnada de originalidade pois colocas o destino da historia nas mãos dos homens e tornas a essência humana na “personagem” fulcral da mesma. Não recorres a nenhuma colagem a outros universos e isso é de louvar pois propuseste-te a criar um universo de raiz e, na minha opinião, acabaste por construir algo que se assemelha em grandeza a outras grandes obras como a terra média de Tolkien ou a Faerie da mitologia celta. Mas as marcas de originalidade não se esgotam com o facto de serem os homens a decidir o destino do mundo, também o facto de o artefacto sobre o qual a história se desenvolve e evolui não ser o principio e o fim da própria história me deixou muito satisfeito e surpreso; O universo de goor revela-se um mundo colossal e credível, com descrições perfeitas, soberbas, que nos fazem sonhar com cidades imponentes e com noites passadas num balcão do palácio levando banhos de estrelas. As cidades são definidas ao pormenor, com uma perícia de arquitecto, pois tenho a certeza que apenas pelas tuas descrições se podiam desenhar as várias cidades. A parte descritiva que mais me impressionou acabou por ser a descoberta de Fir Hur Abat, pela aura de magia e misticismo que se impregnava na cidade e pela gigantesca escala a que a cidade nos é descrita; A magia sente-se nas linhas em que descreves tão bela e lendária cidade!!! Tal como em Goor 1 a parte do romance é explorada com mestria, com os sentimentos a surgirem tão puros que quase os sentimos tocar-nos quando lemos as palavras. A tua “veia” de romancista tem tremenda qualidade e isso nota-se À medida que os sentimentos afloram nos corações das personagens levando a que exista uma dança de sentimentos puros entre os mais improváveis personagens juntando homens e mulheres de personalidades tanto fortes como distintas. Adoro o facto de ter acesso ao lado lunar de todos os personagens, incluindo Feaglar, pois normalmente o autor apenas explora o melhor lado de algumas personagens e o pior de outra, raramente são explorados os dois lados numa mesma personagem, penso que mais que tudo é isto que te define enquanto mestre da escrita. Apesar de preferir uma magia mais presente no enredo e nos destinos das histórias penso que o facto de a magia aparece tratada de forma sublime por ser simples e por não fazer parte do principal da acção (o que muda os destinos não são grandes feitiços, é o carácter de cada personagem) constitui uma lufada de ar fresco na literatura fantástica moderna. As jornadas em busca do draidex e as viagens de regresso com todas as circunstâncias e enredos secundários que assumem um papel tão preponderante na linha principal da história são maravilhosas, cheias de perigos, de batalhas intensas em que usas cenas fortes e cinematográficas de uma forma genial. A cada batalha que se aproxima é como se deixasse de ler e passa-se a ver as imagens que decidem o futuro dos Dhorians;
Penso que conseguiste criar um verdadeiro mundo onde apenas sinto falta de uma fauna e flora mais presente mas em que a morfologia, mitos, lendas, costumes e tradições se encontram definidas de forma perfeita, sem falhas! Admiro a forma simples com que contas a história, não és um escritor de artifícios como por vezes eu próprio faço, és, sem sombra de dúvidas, um cronista brilhante; Penso que enquanto escritor é esse o estilo que melhor te define: a crónica;
Juntamente com a cidade de fir hur abat o que mais me impressionou foram as personagens fenomenais como sarraden, galana, gar dena, a perfeita caledra, o próprio feaglar, odraglar, etc…. são personagens com personalidades completamente distintas, delineadas com precisão, alguns são homens como todos nós, outros são tudo aquilo que gostaríamos de ser; Podia descorrer sobre estas personagens durante vários dias a fio pois tornaram-se verdadeiramente nos meus companheiros de armas ao longo da trama, sorri e sofri com todos eles! Como personagens principais amei a personagem Caledra mas sempre desejei secretamente que fosse Galana a ocupar um lugar de destaque no futuro da historia e fiquei muito satisfeito quando por fim tal aconteceu. O facto de teres trocado o pólo forte dos homens para as mulheres é mais um toque da genialidade com que desenvolveste goor;
Depois de ler a tua obra percebo que o goor és tu, que vem de ti, das tuas interpretações sobre a vida e é por isso que esta história ganha uma dimensão diferente. Para mim goor 2 foi o melhor livro de literatura fantástica que li nos últimos três anos, logo a par de “jonhatan strange e o sr norrel” de susanna clark.
Em termos de literatura fantástica na sua vertente épica a tua obra surge nas minhas preferências logo após a obra de Tolkien. Considero Goor melhor que o mundo de Robert Jordan ou Marion Zimmer Bradley; E de entre os autores portugueses considero que te encontras num nível superior a todos os outros : para mim é fácil fazer a comparação pois já li quase tudo o que existe em português no âmbito da literatura fantástica;
Devo dizer-te que aprendi muito ao ler Goor; Tornaste-te numa referência para mim e numa inspiração também, pois sonho um dia atingir o nível de mestria que tu tanto dominas. É um prazer e um imenso orgulho poder corresponder-me contigo e trabalhar a teu lado no correio do fantástico, por isso te deixo um obrigado sincero e me despeço com votos de amizade; Tornaste-me num verdadeiro Dhorian!!!
Espero que gostes da critica.
Roberto Mendes (autor de fantasia)
Crítica ao mundo de Goor:
É difícil fazer uma crítica a uma obra tão sublime, mas vou tentar não deixa no esquecimento nenhuma das partes que mais me impressionaram e as poucas, muito poucas, partes de que não gostei muito.
Desde logo considero goor 2 uma obra impregnada de originalidade pois colocas o destino da historia nas mãos dos homens e tornas a essência humana na “personagem” fulcral da mesma. Não recorres a nenhuma colagem a outros universos e isso é de louvar pois propuseste-te a criar um universo de raiz e, na minha opinião, acabaste por construir algo que se assemelha em grandeza a outras grandes obras como a terra média de Tolkien ou a Faerie da mitologia celta. Mas as marcas de originalidade não se esgotam com o facto de serem os homens a decidir o destino do mundo, também o facto de o artefacto sobre o qual a história se desenvolve e evolui não ser o principio e o fim da própria história me deixou muito satisfeito e surpreso; O universo de goor revela-se um mundo colossal e credível, com descrições perfeitas, soberbas, que nos fazem sonhar com cidades imponentes e com noites passadas num balcão do palácio levando banhos de estrelas. As cidades são definidas ao pormenor, com uma perícia de arquitecto, pois tenho a certeza que apenas pelas tuas descrições se podiam desenhar as várias cidades. A parte descritiva que mais me impressionou acabou por ser a descoberta de Fir Hur Abat, pela aura de magia e misticismo que se impregnava na cidade e pela gigantesca escala a que a cidade nos é descrita; A magia sente-se nas linhas em que descreves tão bela e lendária cidade!!! Tal como em Goor 1 a parte do romance é explorada com mestria, com os sentimentos a surgirem tão puros que quase os sentimos tocar-nos quando lemos as palavras. A tua “veia” de romancista tem tremenda qualidade e isso nota-se À medida que os sentimentos afloram nos corações das personagens levando a que exista uma dança de sentimentos puros entre os mais improváveis personagens juntando homens e mulheres de personalidades tanto fortes como distintas. Adoro o facto de ter acesso ao lado lunar de todos os personagens, incluindo Feaglar, pois normalmente o autor apenas explora o melhor lado de algumas personagens e o pior de outra, raramente são explorados os dois lados numa mesma personagem, penso que mais que tudo é isto que te define enquanto mestre da escrita. Apesar de preferir uma magia mais presente no enredo e nos destinos das histórias penso que o facto de a magia aparece tratada de forma sublime por ser simples e por não fazer parte do principal da acção (o que muda os destinos não são grandes feitiços, é o carácter de cada personagem) constitui uma lufada de ar fresco na literatura fantástica moderna. As jornadas em busca do draidex e as viagens de regresso com todas as circunstâncias e enredos secundários que assumem um papel tão preponderante na linha principal da história são maravilhosas, cheias de perigos, de batalhas intensas em que usas cenas fortes e cinematográficas de uma forma genial. A cada batalha que se aproxima é como se deixasse de ler e passa-se a ver as imagens que decidem o futuro dos Dhorians;
Penso que conseguiste criar um verdadeiro mundo onde apenas sinto falta de uma fauna e flora mais presente mas em que a morfologia, mitos, lendas, costumes e tradições se encontram definidas de forma perfeita, sem falhas! Admiro a forma simples com que contas a história, não és um escritor de artifícios como por vezes eu próprio faço, és, sem sombra de dúvidas, um cronista brilhante; Penso que enquanto escritor é esse o estilo que melhor te define: a crónica;
Juntamente com a cidade de fir hur abat o que mais me impressionou foram as personagens fenomenais como sarraden, galana, gar dena, a perfeita caledra, o próprio feaglar, odraglar, etc…. são personagens com personalidades completamente distintas, delineadas com precisão, alguns são homens como todos nós, outros são tudo aquilo que gostaríamos de ser; Podia descorrer sobre estas personagens durante vários dias a fio pois tornaram-se verdadeiramente nos meus companheiros de armas ao longo da trama, sorri e sofri com todos eles! Como personagens principais amei a personagem Caledra mas sempre desejei secretamente que fosse Galana a ocupar um lugar de destaque no futuro da historia e fiquei muito satisfeito quando por fim tal aconteceu. O facto de teres trocado o pólo forte dos homens para as mulheres é mais um toque da genialidade com que desenvolveste goor;
Depois de ler a tua obra percebo que o goor és tu, que vem de ti, das tuas interpretações sobre a vida e é por isso que esta história ganha uma dimensão diferente. Para mim goor 2 foi o melhor livro de literatura fantástica que li nos últimos três anos, logo a par de “jonhatan strange e o sr norrel” de susanna clark.
Em termos de literatura fantástica na sua vertente épica a tua obra surge nas minhas preferências logo após a obra de Tolkien. Considero Goor melhor que o mundo de Robert Jordan ou Marion Zimmer Bradley; E de entre os autores portugueses considero que te encontras num nível superior a todos os outros : para mim é fácil fazer a comparação pois já li quase tudo o que existe em português no âmbito da literatura fantástica;
Devo dizer-te que aprendi muito ao ler Goor; Tornaste-te numa referência para mim e numa inspiração também, pois sonho um dia atingir o nível de mestria que tu tanto dominas. É um prazer e um imenso orgulho poder corresponder-me contigo e trabalhar a teu lado no correio do fantástico, por isso te deixo um obrigado sincero e me despeço com votos de amizade; Tornaste-me num verdadeiro Dhorian!!!
Espero que gostes da critica.
Roberto Mendes (autor de fantasia)
Roberto Mendes- Redactor
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Re: Goor II - Crítica publicada no "IDEIAS FIXAS" como carta aberta ao autor
Fui idiota em não ter adquirido o primeiro na altura em que saiu. Depois, quando apareceu o segundo, como não tinha o primeiro (e não estava à venda nessa altura), também não o adquiri.
Infelizmente para o Pedro Ventura, como não gostei do primeiro do F Faria, este pagou as favas....
Infelizmente para o Pedro Ventura, como não gostei do primeiro do F Faria, este pagou as favas....
pco69- Mensagens : 28
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Re: Goor II - Crítica publicada no "IDEIAS FIXAS" como carta aberta ao autor
Pedro Ventura e Filipe Faria têm formas literárias muito distintas. Pelo que li até hoje de literatura de fantasia épica portuguesa o Pedro é um mestre:) Podes até pedir-lhe a ele para te enviar os livros à cobrança: vai ao blogue ideias-fixas.sapo.pt
Roberto Mendes- Redactor
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Re: Goor II - Crítica publicada no "IDEIAS FIXAS" como carta aberta ao autor
eu ja procurei esta coleçao (são dois se nao me engano) online mas apenas encontro o 2º para venda. onde posso encontrar o primeiro?
Re: Goor II - Crítica publicada no "IDEIAS FIXAS" como carta aberta ao autor
Enviei agora mesmo um email ao autor.
Era bom que ele tivesse algum exemplar para venda.
Sei que ele se chateou com a editora, por isso não sei em que estado poderá estar a possivel aquisição do primeiro volume...
Era bom que ele tivesse algum exemplar para venda.
Sei que ele se chateou com a editora, por isso não sei em que estado poderá estar a possivel aquisição do primeiro volume...
pco69- Mensagens : 28
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Data de inscrição : 30/06/2009
Re: Goor II - Crítica publicada no "IDEIAS FIXAS" como carta aberta ao autor
sim seria muito bom porque eu gostaria de ler a coleção. so dizem coisas boas dela
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